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A Família nos tempos atuais


A Família nos tempos atuais

A FAMÍLIA NOS TEMPOS ATUAIS

Podemos definir família como uma comunidade formada por pessoas unidas por vínculos de consangüinidade ou afinidade, incluindo também os domésticos.

A família contemporânea sofreu os impactos da era pós-moderna ao ser profundamente alterada em sua estrutura, função e valores, abandonando o modelo patriarcal e patrimonialista, fundado exclusivamente no casamento, para abrir-se a novas formas de constituição, mais flexíveis, democráticas, igualitárias e plurais, baseadas no amor e nos laços de afetividade entre seus membros.

A mudança nos costumes, impulsionada pelas mudanças no modo de produção econômica (de uma sociedade agrária e rural para uma sociedade industrializada e urbana) e, por conseguinte, tecnológica (métodos anticonceptivos, meios de comunicação de massa) favoreceu o surgimento de outros tipos de agrupamentos familiares, que, com o passar dos anos, foram reclamando uma proteção estatal. Assim, os novos arranjos familiares começaram a ganhar seu espaço na sociedade, deixando o matrimônio de ser a única e legítima forma possível de constituir uma família.

FAMÍLIA MONOPARENTAL

Entende-se por família monoparental aquela formada por apenas um dos pais na titularidade do vínculo familiar, em decorrência de separação, divórcio, morte de um dos pais, adoção ou de técnicas de inseminação artificial, por exemplo.

A Constituição Federal do Brasil, na tentativa de ampliar o conceito de família para além do matrimônio, reconheceu como entidade familiar, além da união estável, a família monoparental.

A monoparentalidade origina-se de várias situações: quando ocorre a morte de um dos pais, a separação ou o divórcio; quando da adoção por pessoa solteira ou viúva; nos casos de inseminação artificial por mulher solteira ou a fecundação homóloga após a morte do marido; quando a família tem como responsável algum parente que não os pais. Até mesmo no caso de famílias sem nenhum parente, mas com crianças ou adolescentes sob a guarda de uma pessoa responsável, há a formação de uma família monoparental. Neste caso, basta haver diferença de gerações entre o responsável e os demais, sem que haja relacionamento de ordem sexual entre eles

Apontam estudos do IBGE que no Brasil cresce significativamente o número de famílias constituídas por um dos pais e seus filhos, com forte predominância feminina, de modo que essas famílias necessitam de mais atenção do Estado, considerando que a mulher aufere salário inferior ao do homem e, nessa situação, tem que arcar sozinha com as despesas da família.

FAMÍLIA ANAPARENTAL

Podemos definir família aparental como um grupo de pessoas lastreado pelo afeto e com propósito de constituir família, mas sem contar com pai ou mãe, sendo que o prefixo-ana, de origem grega, traduz a idéia de ausência, privação.

A convivência entre parentes ou entre pessoas, embora não parentes dentro de um núcleo com identidade de propósito familiar, leva ao reconhecimento da existência da entidade familiar anaparental.

FAMÍLIA HOMOAFETIVA

A família homoafetiva consiste na união de duas pessoas do mesmo sexo, que se vinculam por laços de afetividade para buscar a felicidade dentro de um contexto familiar, reunindo esforços para a aquisição de patrimônio, dividindo as despesas do lar, criação dos filhos, assim como as alegrias e as tristezas, como em qualquer família.

Ocorre que essas uniões estão, na atualidade, cercadas de muitos preconceitos, como, de resto, sempre estiveram as pessoas que fogem a qualquer padrão imposto ou convencionado pela sociedade como aceitável ou normal, não sendo raro o banimento da pessoa homossexual de sua família consangüínea ou originária.

AS FAMÍLIAS RECONSTITUÍDAS (OS MEUS, SEUS E NOSSOS FILHOS)

Após a separação do primeiro casamento, o ex-marido e a ex-esposa casam-se novamente e constituem uma nova família, ou seja, uma família reconstituída é criada quando dois adultos se unem formando uma nova família, para a qual um ou ambos trazem pelo menos um filho de uma relação anterior. Algo a considerar é que as pessoas carregam para os novos relacionamentos a bagagem emocional de questões não resolvidas de relacionamentos passados importantes.

Para o recasamento, algumas questões podem gerar dificuldades:

  • Uma grande discrepância entre os ciclos de vida das famílias
  • Negação de perda anterior e/ou um intervalo curto entre os casamentos
  • Incapacidade de resolver questões de relacionamento intenso na primeira família como o fato dos membros da família ainda não aceitarem o divórcio ou existirem pendências legais
  • Falta de consciência das dificuldades emocionais do recasamento para os filhos
  • Incapacidade de abandonar o ideal da primeira família intacta e passar para um novo modelo conceitual de família

Esta é a nova família do século XXI, mais diversificada, multifacetada, democrática e plural. Essa nova família apresenta, porém, a mesma finalidade de sempre:- Promover o bem estar da criança, garantindo-lhe o sustento, sua educação, seu acesso aos serviços de saúde e seu amplo desenvolvimento físico, intelectual e emocional em um ambiente de alegria e felicidade, a fim de que ela se transforme em um adulto apto a enfrentar os desafios de uma sociedade cada vez mais complexa, dinâmica e carente de valores morais e humanísticos.